terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Richard Gasquet


Richard Gasquet (Gasquet, Richie, brincalhão) , quando se ouve falar desse tenista, a primeira coisa que vem a cabeça é sobre o seu belo e eficiente backhand. Uma das outras é sobre seu mental e físico, que sempre os deixam na mão.


Gasquet é aquele tenista que tem o que todo tenista precisa: talento, saque bom e regular, direita aceitável, backhand sensacional, bom jogo de rede, mas que nao sabe como ganhar os jogos importantes.

O que fazer pra ganhar um jogo de tênis difícil? Pra mim, um tenista que quer ganhar não precisa  jogar o seu melhor jogo a partida toda e sim seguir um plano tático, manter uma regularidade durante a partida e na conhecida “hora da onça beber água” elevar seu nível de jogo, como fazem jogadores como Nadal, Federer, Djokovic...

Isso é o que separa Nadal, Djokovic, Federer e Cia de jogadores como Gasquet, que tem mais talento que muito top 10, mas não consegue converter seu talento em vitorias nos jogos importantes e difíceis, o que o torna como o “jogador dos 90 pontos”, aquele jogador que nos 250 e 500 cai nas quartas/semi, nunca conseguindo chegar ao titulo, devido ao fato de na hora de chegar pra ganhar, jogar um 4x4/5x4/5x5/6x5, ter sua chance e não saber como fechar uma partida ou set. 

A conclusão que eu chego é que o Gasquet nunca vai conseguir ser o top player que ele prometia ser (desde os 9 anos gasquet é destaque nas revistas francesas) enquanto não conseguir ganhar jogos como o que ele perdeu pro DelPo em Marseille, onde teve set point nos dois sets que perdeu e não soube como fechar. Enquanto isso continuar, Richard Gasquet continuara sendo o jogador que vai ganhar 2 jogos na semana e parando em um jogador do mesmo nivel ou acima, por não saber como fechar uma partida e não converter suas inúmeras chances de progredir, sendo eternamente o “tenista que folga no fim de semana” 


Por Marcelo Chaar (@m_chaar)

Um dia inesquecível



Domingo inesquecível. Wembley ficou vermelho a base de muito sofrimento! O jogo começou com o Liverpool indo pra cima do Cardiff. Já no início do confronto, Glen Johnson soltou um petardo de fora da área que foi parar no travessão do goleiro Heaton. Parecia que seria fácil... Doce ilusão! Os Reds continuavam pressionando, mas esbarravam na falta de criatividade para criar as oportunidades de gol.



Nem o mais pessimista torcedor do Liverpool poderia imaginar que, aos 19 minutos da primeira etapa, o Cardiff abriria vantagem no marcador. E foi o que aconteceu. Em uma bela trama ofensiva do ataque da equipe galesa, Kenny Miller deixou Mason na cara do gol, que concluiu com frieza na saída do goleiro Pepe Reina. Bateu aquele desespero! Certamente, o seguinte pensamento pairou na mente de muitos torcedores do Liverpool: “Não é possível, será o sofrimento habitual contra os times pequenos. Martelamos, atacamos, pressionamos e nada da bola entrar, nada do gol!

Muita transpiração e pouquíssima inspiração sintetizam o que foi o primeiro tempo vermelho. Os primeiros 45 minutos terminaram com vantagem para a equipe galesa, que se entrincheirou com maestria na defesa, com destaque para as atuações de Turner e McNaughton. Os torcedores do Liverpool sabiam que Kenny Dalglish teria que alterar o rumo do jogo, os Reds pouco ameaçavam a baliza do Cardiff City.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro. Os jogadores do Liverpool corriam, tentavam, suavam, mas faltava criatividade. A angústia tomava conta de cada torcedor vermelho. À medida que o tempo passava o sofrimento aumentava, era preciso que cada jogador deixasse a alma em campo naquela tarde em Wembley.

Eis que a recompensa por tanta luta veio. De tanto insistir nas bolas alçadas pela área, o Liverpool conseguiu o empate. No escanteio batido na esquerda, o contestado Andy Caroll escorou de cabeça e ainda contou com o desvio também de cabeça de Luis Suarez. Era mesmo para ser sofrido! A bola desviada pelo uruguaio na risca da pequena área tocou caprichosamente na trave. A sorte foi que o rebote caiu nos pés do zagueirão Skrtel que, com a categoria de um centro-avante, empatou o jogo. Alívio para a massa vermelha. A marca registrada da torcida dos Reds – “You’ll never walk alone” – ecoava em Wembley.



Kenny Dalglish foi decisivo ao sacar Henderson, completamente improdutivo, e promover a entrada de Craig Bellamy, logo nos primeiros minutos da segunda etapa. A entrada de Bellamy, um dos destaques do Liverpool na temporada, deu mais movimentação ao time. O galês serviu, ao lado de Suarez, como mais uma peça para incomodar e atormentar a segura zaga do Cardiff. Mesmo após o gol de Skrtel, os Reds continuavam melhor em campo, pressionando incessantemente a retaguarda da equipe galesa. Sem resultado. O jogo terminou mesmo 1x1, a decisão ficaria para a prorrogação.



A tensão neste momento era flagrante. O torcedor do Liverpool temia pelo pior. Aquela era a oportunidade dos sonhos para acabar de vez com o jejum de títulos que já perdurava 6 anos. O gigante adormecido de Liverpool tinha que acordar!

No inicio da prorrogação, após um escanteio cobrado por Downing, Suarez cabeceou e, depois de já ter vencido o goleiro Heaton, o zagueiro Turner salvou a bola em cima da linha. Frustração do uruguaio e de todos os torcedores que já comemoravam. A partir daí, o jogo caiu bastante de rendimento, totalmente compreensível devido ao desgaste físico e emocional dos jogadores.

Tudo mudou quando Kenny Dalglish optou por substituir o apagado Caroll por Kuyt, o talismã da torcida. Kuyt entrou no gramado com a raça que lhe é habitual. Acreditou em todas as jogadas e jamais deixou de lutar para recuperar a posse de bola. O melhor do talismã holandês ainda estava por vir! Kuyt, em um raro deslize da defesa do Cardiff, aproveitou o rebote do seu próprio arremate para fuzilar inapelavelmente a meta do goleiro Heaton. Virada do Liverpool. Êxtase total! O som de “We are the Champion” já eclodia na cabeça de cada fanático pelo Liverpool ao redor do mundo. No entanto, faltava ainda cerca de 15 minutos para acabar o jogo. Uma eternidade para os ingleses e um piscar de olhos para os galeses.



No jogo do improvável, o inimaginável novamente mostrou a cara. O excelente zagueiro Turner, do Cardiff, empatou o jogo em uma cobrança de escanteio faltando apenas dois minutos para o término da prorrogação. Comemoração efusiva da torcida galesa. Pareceu até ter sido o gol do título de uma final de Copa do Mundo.  Não deu outra, tudo seria decidido nas penalidades.


Nos penâltis, Steven Gerrard, o primeiro a cobrar, não converteu sua cobrança em virtude da excelente defesa do goleiro Heaton. Para a sorte da torcida vermelha, o experiente Kenny Miller carimbou a trave de Pepe Reina. Charlie Adam isolou sua cobrança, num chute bisonho, que mais pareceu um field goal. Na cobrança seguinte, Cowie acertou o ângulo de Pepe Reina, abrindo o placar na disputa, Cardiff 1x0. Desespero total, a possibilidade do vice campeonato dava calafrios na torcida do Liverpool. Dirk Kuyt, o terceiro a cobrar pelo Liverpool, tinha obrigação de acertar para igualar a série. Dito e feito, o talismã igualou a disputa. Na cobrança seguinte, o francês Gestede acertou a trave, mantendo tudo igual.

Faltavam ainda duas cobranças para cada equipe. O contestado na temporada, porem "man of the match" Stewart Downing converteu a sua penalidade e deixou o Liverpool em vantagem, 2x1. Whittingham também balançou as redes para os galeses, deixando tudo igual. Momento de definição: Glen Johnson e Anthony Gerrard, primo do craque do Liverpool, eram os responsáveis pelas cobranças decisivas. Glen Johnson deu um susto em muita gente, que viu a bola nas arquibancadas, mas, ela entrou. Gol dos Reds, 3x2! Tudo estava nos pés de Anthony Gerrard. Cabia ao desconhecido Gerrard empatar a série, mas, para a sorte do torcedor dos Reds, ele falhou. Título da Carling Cup sacramentado para o Liverpool! Delírio total! Terminava aqui o jejum de 6 anos sem título!



Agora, muitos falam: “Todo esse alarde e comemoração só por uma Carling Cup?”. Não. Toda essa comemoração é pelo ressurgimento dos Reds, que voltou a conquistar um títulos após passar 6 anos com as mãos abanando. O torcedor comemora o ressurgimento e a reafirmação dos Reds no cenário inglês. Com o titulo, Kenny Dalglish e seus comandados têm tudo pra embalar e lutar com unhas e dentes pela tão sonhada vaga para a Champions League da próxima temporada.


YOU’LL NEVER WALK ALONE. GO REDS!