sábado, 14 de julho de 2012

E finalmente no caminho certo...


Thomaz perdeu hoje para Janko Tipsarevic na semifinal de Stuttgart. Após anos dizendo depois das derrotas estar no caminho certo, Thomaz mostrou hoje que realmente está neste caminho.


Nas duas semanas na Alemanha, Thomaz apresentou um ótimo tenis, tendo conquistado 8 vitorias e 1 titulo. Mais do que essa série de vitórias, o brasileiro mostrou finalmente um bom nível de jogo e uma regularidade após muito tempo. Mesmo que ele ainda erre em algumas situações, sua evolução foi nítida. Thomaz tem trocado mais bolas,  demonstrado mais paciência pra ganhar os pontos, atacando nas horas certas e, principalmente, dando o "direito" do seu adversario errar. E seu novo posicionamento para devolver saques também ajudou muito o jogo do brasileiro, outro ponto falho dele era errar muitas devoluções. Agora ele tem jogado mais pontos nos saques dos adversários.

Apos uma queda brusca no ranking, o que todo mundo pedia dele (Regularidade, paciência, capricho nas devoluções e um calendário decente) ele tem atentido. Mostrou muita evolução nesta gira no saibro europeu, finalmente montando um calendário voltado para o saibro, sua principal superficie.

Thomaz mostra estar no caminho certo, após 2 boas semanas.Agora, irá jogar em Gstaad, um torneio no qual ele já ganhou. Pegou uma chave boa para ir longe. Com confiança, quem sabe não vem um segundo título em terras suíças?


Por> Marcelo Chaar

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O que esperar em Newport, Bastad, Umag e Stuttgart?

Bom, iniciaremos falando sobre o torneio de Newport, disputado na grama norte-americana. A participação brasileira terminou antes mesmo de começar, isto porque o campineiro Ricardo Mello perdeu no qualyfing para Tim Smyczek. Fato curioso: Mello havia vencido Christian Harrison, 18 anos, irmão caçula do badalado Ryan Harrison.


A chave principal de Newport conta com muitos grandalhões sacadores, destaque para John Isner (#1), Milos Raonic (#3), Denis Istomin (#4) Gilles Muller (#8) e Sam Querrey. Conta, ainda, com Lleyton Hewitt (WC), o japonês Kei Nishikori (#2) e algumas promessas americanas: Ryan Harrison (WC/#6), Donald Young (#7) e Jack Sock (WC).



Palpites:


Henrique Monteiro: John Isner, que defende o título conquistado em 2011.
Marcelo Chaar: Milos Raonic.




O torneio de Bastad, disputado no saibro sueco, conta com a participação de diversos brasileiros, nas chaves de simples e de duplas. Pelo qualificatório, Julio Silva deu adeus à disputa a uma vaga na chave principal ao perder para Benjamin Balleret. Já Thiago Alves duela contra o espanhol Ivan Navarro em busca da tão sonhada vaga.


Na chave principal, o Brasil já tem a presença garantida de dois jogadores: Feijão e Rogerinho, que vem com a moral elevada após o título de um Challenger no Panamá. Feijão enfrenta o argentino Horacio Zeballos, que já venceu o brasileiro em 3 dos 4 confrontos entre eles, enquanto Rogerinho enfrenta a promessa búlgara Grigor Dimitrov. A única certeza é de que os dois não terão vida fácil.


Já na chave de duplas, Bruno Soares estréia a parceria com o austríaco Alexander Peya. Não curti o desmanche da parceria entre o brasileiro e o americano Eric Butorac, apesar de reconhecer que a dupla não obteve os resultados esperados. Curti menos ainda a junção de Soares com Peya, austríaco que apunhalou pelas costas o “mito” Cristopher Kas. Fato curioso: Feijão terá Zeballos como parceiro de duplas, seu adversário em simples.


A chave principal de simples conta domínio indiscutível dos espanhóis, que chegarem em peso à Bastad. David Ferrer e Nicolas Almagros, os dois principais cabeças do torneio, não devem dar chances aos seus adversários e têm tudo para fazer a final. Completam os cabeças de chave: Albert Ramos (#3), Jarkko Nieminem (#4), Mikhail Kukushkin (#5), Grigor Dimitrov (#6), Filippo Volandri (#7) e Adrian Ungur (#8).


Palpites:


Henrique Monteiro: David Ferrer.
Marcelo Chaar: David Ferrer.




O torneio de Umag, disputado no saibro croata, é o único dos torneios desta semana que não conta com a presença de sequer um brasileiro. Na chave principal, não vejo a presença de nenhum favorito absoluto, mesmo porque os quatro principais cabeças de chave, Verdasco (#1), Cilic (#2), Dolgopolov (#3) e Granollers (#4), não são tenistas dos mais confiáveis. Destaco também o veterano Juan Carlos Ferrero (#6), o italiano Fabio Fognini e o argentino Carlos Berlocq (#5) como possíveis ganhadores. Melhor parar por aqui. Aliás, num torneio em que Ernests Gulbis está na chave principal tudo pode acontecer!




Palpites:


Henrique Monteiro: Alexandr Dolgopolov.
Marcelo Chaar: Fernando Verdasco.




Para finalizar, falaremos sobre o torneio de Stuttgart, Alemanha, disputado no saibro. O primeiro fato curioso do torneio alemão é a participação do duplista brasileiro André Sá no qualificatório de simples do torneio. Mais espantoso, ainda, foi que o brasileiro venceu o confronto inaugural contra Yannick Offermans (WC). Mas, como esperado, deu adeus na rodada seguinte. Contudo, o brasileiro tem a presença garantida nas duplas junto com o eslovaco Michal Mertinak. Merece destaque, ainda, a dupla número um do torneio formada por ninguém mais ninguém menos que Cristopher Kas e o ex-jamaicano e atual alemão Dustin Brown.


A chave principal de simples conta com a presença de Thomaz Bellucci, a maior esperança do Brasil. Bellucci estréia contra o desconhecido alemão Robin Kern (WC). Confirmando o favoritismo, o brasileiro enfrentaria a promessa australiana Bernard Tomic (#3). Apesar de ser o seed nº3, Bellucci tem todas as condições de vencer o australiano. Tomic não tem o saibro como o piso preferido, além de ter o mental como um de seus pontos fracos E digo mais, Bellucci, numa boa semana, é capaz de vencer Janko Tipsarevic e Juan Monaco, cabeças de chave 1 e 2, respectivamente. Os demais seeds de Stuttgart são: Pablo Anduar (#4), Robin Haase (#5), Nikolay Davydenko (#6), Lukasz Kubot (#7) e Tommy Haas (#8). Fato curioso: Tobias Kamke, derrotado na semana passada pelo brasileiro Thomaz Bellucci na final do Challenger de Braunschweig, também disputa o torneio.


Palpites:


Henrique Monteiro: Juan Mônaco.
Marcelo Chaar: Thomaz Bellucci.


Seus palpites, críticas, ou comentários serão muito bem vindos. Espero que tenham gostado!

domingo, 8 de julho de 2012

Andy Murray: E agora?



Roger Federer neste domingo se sagrou campeão de Wimbledon pela sétima vez e conquistou seu 17º título de Grand Slam. Além disso, se tornou o recordista de semanas como número 1 na ATP


Foi para esse monstro que Murray perdeu a chance de realizar o sonho britânico.

Após uma batalha de 4 sets, Murray perdeu para Federer e ficou com o vice em Wimbledon. Porém, pela primeira vez em uma final de Grand Slam deixou uma ótima impressão.


Durante a partida, Murray soube lidar com suas emoções e com o peso de carregar o sonho britânico de ter um campeão local após mais de 70 anos. Jogou solto, foi agressivo do seu jeito, não "respeitou" Roger Federer. Perdeu lutando até o ultimo ponto.

Após essa final, Andy Murray mostrou estar pronto para ganhar um Grand Slam. Fez uma excelente campanha, lutou do primeiro ao último jogo, foi apoiado pela torcida e trouxe a torcida para o seu lado. A sintonia criada entre a torcida e o jogador foi excepcional. Ainda que tenha perdido, mostrou a todos sua evolução, principalmente na questão emocional e na agressividade de seu jogo. Mostrou que cresceu e que está realmente pronto para, enfim, ganhar seu primeiro Slam!



Por: Marcelo Chaar

domingo, 1 de abril de 2012

Breve análise das quartas de final da Copa Davis


As quartas de final do mais importante torneio entre nações do tênis masculino acontecerão entre os dias 6 e 8 de Abril. Como um grande admirador da Copa Davis, pretendo analisar os confrontos e apontar os favoritos sem, é claro, esconder minha torcida para o triunfo da Argentina de Nalbandian.

O confronto entre Espanha e Áustria acontecerá na Marina D’Or em Castellón, Espanha. Comandada por David Ferrer e Nicolas Almagro, os espanhóis tem tudo para liquidar sem dificuldades os austríacos, liderados por Jurgen Melzer e Andreas Haider-Maurer. No jogo de duplas deve haver algum equilíbrio, já que a Áustria conta com uma boa e bem entrosada dupla formada por Marach e Peya. Por sua vez, Marc Lopez e Marcel Granollers devem formar a dupla espanhola. De qualquer forma, não vejo qualquer chance da Áustria vencer o confronto em terra batida espanhola.

Palpite: Ferrer e Almagro vencem seus jogos na sexta e Marc Lopez e Granollers sacramentam o triunfo no sábado. No domingo, apenas cumprimento de tabela.

França e Estados Unidos devem fazer o duelo mais equilibrado do grupo mundial. O confronto acontecerá no famoso Monte Carlo Country Club, em solo francês. Sob a batuta dos inseparáveis Gael Monfils e Jo-Wilfried Tsonga os franceses buscarão fazer valer os fatores saibro e torcida para alcançar a vitória. Contudo, o grandalhão John Isner, em ótima fase, pode atrapalhar as pretensões dos franceses. Não podemos esquecer que Isner foi finalista em Indian e Wells e derrotou ninguém menos que Roger Federer no saibro suíço.  Mardy Fish, apesar de boaa campanha no Master 1000 de Miami (eliminado nas quartas de final por Monaco), não acredito que irá surpreender. Nas duplas devemos ter mais um belíssimo jogo: os irmãos Bryan enfrentam Llodra/Benneteau.

Palpite: No jogo de duplas, aposto no triunfo da parceria dos irmãos Bryan. Monfils, num dias daqueles em que sua cabeça está na lua, perde para Isner, mas, vence Fish na bacia das almas. Tsonga será o “cara” da classificação francesa: Derrotará Isner e Fish, para delírio da torcida da casa.
Na O2 Arena, em Praga, teremos o confronto entre uma República Tcheca completa e uma Sérvia desfalcada. Sem contar com o número um do mundo, os sérvios não serão capazes de fazer frente ao belo time tcheco (literalmente), liderado pelo galã Radek Stepanek e por Tomas Berdych. Janko Tisparevic e Viktor Troicki, apesar de lutarem até o fim, não conseguirão seguir em frente rumo ao bi-campeonato.

Palpite: Berdych vence Troicki e Tipsarevic. Já Stepanek vence Troicki, mas perde para Tipsarevic. Nas duplas acredito num confronto entre Cermak/Stepanek e Zimonjic/Troicki, com vitória dos tchecos.

Deixamos por último, para encerrar o texto com chave de ouro, o confronto entre a Argentina, do Rey David Nalbandian, e a Croácia. O duelo acontecerá na terra batida do famoso Parque Roca, em Buenos Aires. Sem dúvidas teremos o apoio maciço dos argentinos, que alentarão sem parar seus jogadores. Sou fã assumido do modo incondicional de apoio dos argentinos, que sempre deixam tudo “en la cancha”. Minha intuição diz que todo o apoio recebido toca bem fundo no lado patriótico do tenista. Ponto para a torcida albiceleste e vantagem para Del Potro, Nalbandian, Monaco e Schwank. Os grandalhões Cilic e Karlovic vão sofrer, amigos... Para terminar, é válido citar o tweet do número um do mundo no twitter (Karlovic), que representa bem a magnitude da torcida argentina: “Thought I played in Argentina for a second there and not my MIA-Yo. Great atmosphere tho.. Fun.. For Delpo.”

Palpite: Nalbandian e Del Potro vencem seus jogos na sexta feira e a dupla formada por Schwank e Nalbandian liquida o confronto no sábado. A Argentina avança e fica mais próxima do título.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Tributo a Fernando Gonzalez

Fiquei muito triste ao saber que o Gonzo perdeu a luta contra as lesões. Não só um sensacional forehand que se vai, mas também um grande jogador que sempre fez de tudo pra representar seu país. Deixou tudo que podia em quadra. É UM GIGANTE!!!

Este post não será pra falar sobre ele: carreira, futuro fora das quadras, nada... É apenas um tributo de um fã a um grande jogador! Gracias Feña!

Jogadores dando seu adeus a Feña.

Grande momento dele! O Ouro olímpico com o Massu!


Partida histórica contra o Dent, em que  ele levou o bronze pro Chile com um 16x14 no terceiro set!


Partida em que ele venceu o alemão Haas e chegou a sua primeira e única final de Grand Slam.


Sua única vitória em Masters Cup e sua única vitória sobre Roger Federer.



Um video com seus melhores lances com o Forehand, seu melhor golpe. Pra mim, o melhor forehand de todos!

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Um grande se vai. Adeus Gonzo, obrigado por tudo! Sentiremos muito sua falta!




Por Marcelo Chaar (@m_chaar)

terça-feira, 20 de março de 2012

O que dizer de John Isner no Top 10?


Assumidamente, não sou fã do estilo de jogo dos grandalhões como Isner, Raonic, Querrey ou Anderson. Contudo, não posso deixar de destacar o que vem jogando John Isner. No Master 1000 de Indian Wells, o grandalhão americano fez uma campanha excepecional, sagrando-se vice-campeão. Isner assombrou o mundo do tênis ao derrotar Djokovic na semifinal, mas não conseguiu fazer frente à técnica refinada de Roger Federer na final. O americano chegou, ainda, a final de duplas com seu fiel escudeiro Querrey, mas também foi derrotado, desta vez, pelos espanhóis Marc Lopez e Rafael Nadal.

Observei nas redes sociais que grande parte dos fãs de tênis não está muito satisfeita com a chegada de Isner ao top 10. Apesar de não ser fã confesso do estilo de jogo do americano, devo discordar. Leitor, qual jogador do top 10 é capaz de tirar dois sets de Nadal em Roland Garros, vencer Djokovic nas quadras rápidas e Federer no saibro? Não vejo como desmerecer o ingresso ao top 10 de um tenista que conseguiu tamanha “proeza tenística”. Outro dado curioso, trazido pelo excelente Ben Rothenberg no twitter, diz respeito à invencibilidade do americano em tie breakes contra números um do mundo. Dos cinco jogados, o americano venceu todos. Claro, sei que esse dado não diz muita coisa, mas, não deixa de demonstrar a força mental do grandalhão, bem como sua virtude de acreditar sempre na vitória. Trago, ainda, outro dado interessante trazido por Rothenberg, qual seja: Um norte americano não vencia um número um do mundo desde a vitória de Blake sobre Federer, em 2008. Mais um dado para agigantar a vitória do já gigante Isner sobre Djokovic.

Os leitores que demonstram toda a insatisfação com a chegada de Isner ao top 10, possivelmente vão ter que agüentá-lo por algum tempo. Na gira de saibro que se avizinha o americano defende pouquíssimos pontos. No Master 1000 de Madrid, Isner defende uma tacanha segunda rodada. Já no Master 1000 de Roma e em Roland Garros, defende apenas a primeira rodada. Situação extremamente tranqüila, não?

Finalizo com a célebre frase de Zagallo que poderia ser dita por Isner aos seus “haters”: “Vocês vão ter que me agüentar!”

segunda-feira, 19 de março de 2012

Jornal do Tenis

Como a primeira versão foi um sucesso (só que ao contrario), estamos criando a segunda versão do nosso “jornal” do tênis.


                           Começaremos com uma grande matéria sobre o querido BALONadal.

Estudo complementar diz que Nadal lança seus golpes a 7000 pés.

Após estudo realizado por um site americano, revelando a verdadeira potência dos golpes de Rafael Nadal, o físico russo, Mikhael Wozdushnye afirma que, devido a execução de seus golpes, a altura atingida pelas bolas ao cruzar a rede chega a 7000 pés, especialmente quando o jogador consegue um efeito perfeito de top-spin.

Wozdushnye afirma que, o efeito dado pelo jogador, juntamente com a potência faz com que a bola suba e atinja essa grande altura, “São contas muito complexas para chegar a tal resultado, porém totalmente verídicas, assim afirmo que a altura x potência + execução fazem desse jogador algo extraordinário”.

A reportagem procurou alguns jogadores para comentar o fato, Roger Federer diz que nunca percebeu isso, “Que a bola dele é uma das mais altas do circuito isso é fato, mas não sei se chega a essa altura, pedirei a algum físico suiço perfeito que conteste esse estudo”

Para Novak Djokovic, não causou nenhum espanto, já que o sérvio parece ter aprendido a lidar com essa jogada, “no começo realmente me incomodava, hoje em dia já aprendi como neutralizar isso”.

David Naldandian ainda apresenta certa dificuldade em lidar com isso, procurado, Nalbandian afirmou : "A bola dele vai um pouco alta realmente, as vezes eu ficava na duvida entre dar smash ou bater normalmente no fundo da quadra".

Procurado pelo nosso blog, Rafael Nadal preferiu não comentar sobre o assunto.



Entramos na parte das fotos!


MURREI DA GINASTICA ARTÍSTICA 


Algumas mulheres são conquistadas apenas por um sorriso sincero, o que o galã de praga faz muito bem!


Cabeeeeeça, ombro, joelho e pé


Chegamos ao glorioso momento do Youtube


Gaudio, um cara tranqüilo e com muita força mental! 



QUE MAL LA ESTOY PASSANDOOOOOOOOOO

Após esse grande momento do Gaudio, chegaremos na sessão culta do blog. A sessão dos livros! Alguns tenistas gostaram tanto dos outros títulos que resolveram criar os seus!



Como jogar na quadra rápida – Thomaz Bellucci
Força mental – Gastón Gaudio e Marat Safin
Ganhando rápido – Lleyton Hewitt
Quebrando o saque adversário – Karlovic
Como ser suíço, perfeito, ganhador de grand slams – Por Roger Federer com comentários de Davydenko
Perdi por méritos do adversário – Rafael Nadal E Djokovic
Tênis agressivo – Carol Wozzzzzzzzzzniack


Com isso encerramos nosso post! Postem seus videos preferidos, livros que nunca deveriam ser lançados e imagens!



Por Marcelo Chaar (@m_chaar) E Livia (@Ly_)



quinta-feira, 15 de março de 2012

David Nalbandian


O Rey David voltou a vencer um top 10 após quase um ano e meio. Derrotou Janko Tipsarevic em uma grande partida de 3 sets, com muitas trocas de bola e backhands sensacionais do David. Aí veio o Tsonga nas oitavas que, jogando muito, abriu 1x0 e chegou a ter o match point. Rey David salva, cresce no jogo e vira pra 2x1. Mais uma grande partida!

Com a vitória sobre Tsonga, Nalbandian chega ao 50º posto da ATP, muito pouco pra alguém da sua qualidade. Mas, compreensível pela quantidade de lesões que teve ano passado. Acredito que, neste ano, jogando o que vem jogando, Nalba tem condições de voltar ao Top 20 da ATP. Claro, se não tiver nenhum problema físico.



Agora vem o Rafael Nadal, e o que esperar do Nalba? O “Rey” de Córdoba vem de duas partidas de 3 sets disputadas e pode sentir o cansaço, Ou, pode se sentir confiante após duas vitorias contra dois top 10, esquecer o cansaço e ir pra cima do Rafa. O Rey tem qualidade suficiente pra bater de frente com o Nadal, inclusive, com muitas chances de ganhar. Nalba merece uma grande vitória como essa, ainda mais perto da época de sua aposentadoria. Uma vitória contra um cara como o Nadal e o titulo de IW seriam um prêmio pela brilhante carreira do Rey David.

Se bem que Nalbandian é tão especial que, pra encerrar sua brilhante carreira, ele não precisa de um Master 1000, ou de um Grand Slam, ou de um ATP Finals... De grandes jogadores como Marcelo Rios, sempre se comenta o clássico: “Jogava demais, pena que nunca conseguiu seu Grand Slam”. Ao Rey não se aplica. Rey David, antes de aposentar, merece a Copa Davis, seu grande sonho. Tomara que venha neste ano o titulo pra Argentina, David Nalbandian merece demais!








Por Marcelo Chaar (@m_chaar)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Relax, take it easy



Neste post mostraremos que nada no mundo do tênis é tão serio quanto parece.


Começaremos nossa sessão com uma grande noticia:



Murray estipula prazo para ganhar Slam e cogita a troca de M1000.

            Andy Murray, em entrevista coletiva, disse que estipulou um prazo a si mesmo para levantar seu primeiro troféu de Slam. Segundo ele, o prazo será até o USOpen de 2012, último slam da temporada.
            Para tal fato, Murray disse que não vai medir esforços e já contratou um time de profissionais para auxiliá-lo, incluindo uma psicóloga especialista em esportes e um guru de meditação, além de um time de chear leaders para incentivá-lo durante os jogos.
            O tenista contará ainda com o apoio incondicional de sua mãe, irmão e namorada durante os Slams restante. "O apoio da família é fundamental, e ter pessoas que gostam de mim e me apoiam sempre fará a diferença".
            Caso todo esse esforço não de certo, Murray cogita uma ação totalmente radical, o tenista irá pedir junto a ATP que, 5 títulos seus referente a Master 1000, sejam trocados por um GS. "Já conversei com meus advogados e, mesmo sendo um pedido inédito, acreditamos que a ATP possa considerar ",quanto ao GS preferido, o britânico afirmar não ter nenhuma predileção, mas ficaria feliz se Wimbledon fosse escolhido, por ser do país dele.
            O jeito agora é esperar até agosto e ver os resultados, caso contrário, a ATP terá um problemão para resolver.


~Dizem que Murrei vai entrar com uma ação contra esse blog depois disso. Ele alega que denegrimos sua imagem que é muito séria~


Agora entraremos na sessão fotografica



Vamos a uma foto da carolzinha
Tenis: Você está fazendo isso errado. (Ou não)


                        Kim Clijsters: Tenista, mãe e Paramédica

Cocaina: Ela também pode ser passada por beijo
you gotta be kidding ...


Chegamos a nossa gloriosa sessão Youtube




Foi quase carolzinha..

Agora para concluir nosso post, aquele momento culto e inteligente que todos gostam. O momento da leitura!


Alguns tenistas gostam de escrever.. Mas esses jamais seriam vendidos:

A importância do mental no Tênis – Ernest Gulbis
A importância das trocas de bola – Ernest Gulbis
Como fechar jogos – Richard Gasquet         
ES uma barbaridad – Rafael Nadal
A importância do jogo de rede – Robin Soderling com participação de Juan Mônaco
Correr não é importante – David Ferrer
Saibro não é tudo – Nicolas Almagro
Saindo do armário – Llodra
Handshake – Tomas Berdych
Saque não é tudo - Andy Roddick
Tenis e fitness - David Nalbandian


Com isso encerramos esse post totalmente excelente! Postem seus fails preferidos, imagens engraçadas e os livros que jamais deveriam ser criados! 





Por Livia (@Ly_) , com participações de Marcelo Chaar (@m_chaar) e Henrique Monteiro (@RiqueMonteiroS)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Evan Turner


Evan Turner

O 2nd pick do draft da última temporada, Evan Turner fez uma puta partida contra o Celtics, onde atingiu seu carrer high com 26 pontos e ainda colaborou com 9 rebotes.

Doug Collins tá desfazendo uma grande cagada dele quando insistia em por o M33ks pra jogar 30 minutos por noite, deixando Turner apenas 16 minutos em quadra. Turner é quem tem que jogar 30 minutos pra desenvolver seu jogo, visto que é uma grande promessa, ao contrario de Meeks, que se mostrou ser um 3 pointer apenas.

O que falta pra Evan Turner desenvolver seu basquete? Eu creio que falta confiança pra ele. Seu ponto forte é a infiltração e, às vezes, ele mostra certo medo de entrar no garrafão e fazer sua jogada “carro chefe”.



Falta também o Sixers abrir espaço pra ele jogar, visto que Turner e Iguodala são praticamente o mesmo jogador. Eles têm as mesmas características: São bons reboteiros, tem boa visão de jogo e boa defesa. A vantagem de Turner é que ele aparenta ter um arremesso de media e longa distancia melhor do que o de Iggy.

Pro Turner desenvolver seu jogo, além de mais minutos em quadra, o Sixers precisaria trocar Andre Iguodala por um Center. Assim, o Philly abriria espaço pra sua promessa se desenvolver e resolveria a maior carência do seu elenco, o pivô. Sempre que o Sixers enfrenta um time com um pivô decente, toma muitos pontos no garrafão e seus adversários dominam os rebotes.

Outra alternativa pro Sixers seria trocar Iguodala por um scorer. Alguém pra conduzir o time às vitoria nos minutos finais. Hoje, não tem NINGUÉM pra fazer isso. Todo jogo apertado o time perde no final por não ter ninguém pra pontuar. Meu nome preferido é o do Monta Ellis, jogador do Golden State. Uma troca com o Warriors, envolvendo o Iguodala, poderia ser aceita. O Warrios tem o Curry que é um ótimo scorer e eles precisam de força defensiva, que o Iguodala traria para a equipe.




quarta-feira, 7 de março de 2012

O que esperar em Indian Wells?


Uma breve análise dá chave do Master 1000 de Indian Wells dá indícios de que dificilmente não teremos os quatro primeiros do mundo nas semifinais. Essa afirmação pode até soar arrogante e denotar algum desprezo aos demais tenistas. Contudo, o momento atual da ATP respalda a declaração, ao evidenciar a superioridade do top 4 sobre os demais jogadores.

Novak Djokovic, número um do mundo, deve encontrar o bom sacador sul-africano Kevin Anderson na terceira rodada, e Florian Mayer ou Richard Gasquet nas oitavas de final. Sinceramente, neste momento mágico vivido pelo sérvio não vejo nenhum desses tenistas serem capazes de vencê-lo. Já nas quartas de final, o provável adversário de Nole será o tcheco Tomas Berdych, marreteiro de mão pesadíssima. Apesar de ser um belo jogador, o tcheco teria de entrar em quadra num dia iluminado para ter chances de vitória. Não acredito. Pode ser uma grande maluquice minha, mas, neste momento, vejo Roddick como outro jogador capaz de chegar as quartas de final. Só as quartas! O norte-americano teria remotíssimas chances de vitória contra Djokovic.


 Rafael Nadal deve ter sua vida bem facilitada nas rodadas iniciais. Na estréia, o espanhol encara um sul americano, dentre o argentino Mayer e o colombiano Falla, que não lhe deve exigir qualquer dificuldade. A terceira rodada também tem tudo para ser tranqüila para Nadal. O espanhol possivelmente enfrentará o finlandês Nieminem ou o compatriota Granollers. Já nas oitavas, surgem como possíveis adversários o maluquinho ucraniano Dolgopolov e o compatriota – e freguês – Feliciano Lopez. Mais uma vitória para conta de Nadal.  Nas quartas de final, prevejo um grande jogo contra o maluquete Tsonga. É importante ressaltar, aqui, que o francês não deve ter um caminho nada fácil até as quartas, visto que pode encarar jogadores como Tomic, REY DAVIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIID, Tipsarevic e Stepanek, o galã de Praga. De qualquer forma, acredito no francês. Em um dia não tão bom, mas com um mental de dar inveja, Nadal papa Tsonga e vai à semifinal.


Roger Federer, por sua vez, é o que tem a tarefa mais complicada. Apesar de não ser um fã confesso do jogo dos grandalhões, reconheço que bater o canadense Milos Raonic é uma tarefa bem complicada. Principalmente se o rapaz estiver num dia daqueles no saque. O duelo com o Raonic pela terceira rodada deve se arrastar até o tie break, ou perto disso. Na hora da onça beber água, o suíço abocanhará com classe o canadense. Nas oitavas de final projetam-se como possíveis adversários do suíço Melzer e Monfils. Quem dera se Bellucci chegasse aqui... Tanto Melzer quanto Monfils jogam um tênis de bastante vistoso, mas pecam no aspecto psicológico. Alternam belas jogadas com umas viajadas de dar inveja ao Bellucci.  Já nas quartas de final, Federer deve encarar um de seus fregueses de carteirinha: Del Potro ou Ferrer. Mais uma vitória de Federer para aumentar a freguesia. Muita gente deve estar se questionando: “Pêra aí, esse cara é doido! Del Potro foi o cara que destronou Federer no US Open, em 2009, e é chamado de freguês?”. É isso mesmo. Del Potro venceu Federer apenas duas vezes, ambas em 2009, enquanto o suíço venceu dez vezes o argentino. Ferrer, por sua vez, nunca venceu o suíço em doze confrontos.



Sobre Andy Murray, sou bem suspeito para falar. Passo, portanto, a tarefa para meu fiel escudeiro Marcelo Chaar. Acredito que Andy “Murrei das Hards” chegue sem grandes problemas as oitavas. Garcia Lopez, Troicki, Wawrinka ou Simon não devem ser adversários a altura do “UltiMurrei da Escócia”. Nas quartas, Andy Murray deve pegar Mardy Fish ou John Isner, dois excelentes sacadores. Minha aposta é no grandalhão Isner, dada a péssima fase que atravessa o Fish. Murrei deve encontrar dificuldade no jogo contra o Isner. Num jogo de três sets, com pelo menos um tie break, Murray avança e chega a semifinal.


O que falar sobre DEUS To+ Bellucci? Acredito e espero sinceramente que ele ganhe facilmente do Rosol. Se estiver inspirado como em Madrid, Melzer e Monfils seriam varridos sem pena... Bem, voltando a realidade, acredito que a vitória sobre o Melzer é possível se o brasileiro estiver num dia inspiradíssimo. Já passar pelo Monfils é bastante improvável.


Fiquem de olho também na promessa americana Jack Sock. Ele fez uma grande partida contra o Roddick na edição passada do US Open, além de sua chave não ser das mais complicadas. Tem condições de aprontar contra Nishikori e Almagro.


Quais são suas apostas? Deixem seus comentários!


Por Henrique Monteiro (@RiqueMonteiroS) e Marcelo Chaar (@m_chaar).

segunda-feira, 5 de março de 2012

Quando bate o desanimo



O tênis é o esporte que mais depende do mental de todos. Numa partida, a técnica e talento são até importantes, mas se não tiver uma cabeça boa e um bom plano tático, se perde na partida e perde o jogo pra alguém pior.

O que mais irrita um jogador é o erro por medo num ponto importante, jogando com um BP contra, saca com medo o segundo saque e.. Dupla falta. E tome raquete no chão. Ou quando a bola ta na sua mão pra matar o ponto, ou pra simplesmente trocar bola e vem o medo de bater nela e um erro não forçado idiota. Mais raiva pra administrar numa partida, até a hora que fica insuportável e quem paga é a raquete.



A partir de uma sucessão de erros, do desgaste mental, raiva e confusão, alguns tenistas simplesmente '’cansam'' de jogar. a cobrança do técnico, ou da família pode contribuir nessa desistência de alguns.

Todo tenista (amador, profissional, peladeiro...) tem uma época que começa a encher o saco de jogar tênis, seja por excesso de treino, derrotas ridículas, problemas pessoais, ou até mesmo uma simples falta de vontade pra jogar mesmo.

Você pode estar jogando seu melhor tênis em uma semana, acertando tudo o que tenta, mas do nada você para de jogar bem e só faz m* dentro de quadra, joga irritado, seu golpe de confiança não entra, fica com medo de bater, erra bolas simples.. Você pode fazer tudo certo, todo o movimento certo, joga o ponto da melhor maneira possível, mas no final vai acabar dando merda no ponto ou no game.

O que fazer nessa situação? Muitos insistem em treinar até voltar a jogar bem, mas pra mim isso só piora, nessas horas é melhor dar uma parada de uns 5 dias, relaxar, passar o tempo todo sem nem olhar pra sua raquete, ai quando você ver um jogo bom, a vontade de voltar a jogar aparece e do nada também, você consegue jogar bem de novo.

O primeiro passo pra voltar a jogar bem é perceber o que esta tirando sua motivação e vontade de jogar ou simplesmente esperar que o tempo te mostre o momento certo de voltar, quando de repende você olha uma partida e pensa: amanhã PRECISO jogar tênis, 
pois este é um esporte que se você não estiver motivado nunca chegara a lugar nenhum.

Uma boa cabeça muitas vezes pode ajudá-lo a vencer tenistas superiores tanto tecnicamente como fisicamente vemos o exemplo de Rafael Nadal que é considerado por muitos um tenista de técnica limitada, porem de uma cabeça e um preparo físico de se ter inveja e com isso foi numero 1 do mundo e ganhou tudo que disputou, sendo que temos exemplos de jogadores que tem uma técnica extraordinária porem uma cabeça muito fraca e com isso nunca conseguiu chegar ao Maximo de sua capacidade.

Então lembre-se: ‘‘A diferença entre o possível e o impossível está na sua vontade’’


Por Marcelo chaar (@m_chaar), Com participações de Igor Belineli (@igorbelineli) e Bruno Gonçalves (@brunofederer)

Minha nada particular visão sobre Bellucci


Neste ano, o mais bem ranqueado tenista brasileiro vem passando por um dos piores momentos de sua carreira. O mau momento de Bellucci é evidenciado quando observamos que sua última vitória contra um jogador Top 50 aconteceu apenas na edição passada de Roland Garros. No Grand Slam francês, Thomaz Bellucci venceu o até então número 44 do mundo, o cazaque Andrey Golubev, parciais de 6/4 6/4 6/7(4) 7/6(5). A queda vertiginosa do brasileiro no ranking deve ser observada com naturalidade, afinal de contas um jogador que não consegue, há cerca de 10 meses, vencer oponentes próximos a si no ranking tende naturalmente a cair.

Outro dado que merece ser levantado na tentativa de elucidar a queda de Bellucci diz respeito às vitórias seguidas do brasileiro. Ou melhor, a ausência delas. Desde o Master 1000 de Madri, Bellucci não sabe o que é vencer três partidas seguidas. Extremamente preocupante, não?! Para quem não lembra, o Master 1000 de Madri foi aquele torneio no saibro impecavelmente jogado pelo brasileiro. Além de vencer os ótimos Pablo Andujar e Florian Mayer, Belucci surpreendeu a todos ao vencer o britânico Andy Murray e o tcheco Thomas Berdych. Parou apenas na semifinal contra um Djokovic que vivia (e ainda vive) um momento iluminado. O jogo foi duríssimo para o sérvio, que chegou a ver o adversário um set acima e com uma quebra de vantagem.

Será que Thomaz Bellucci ainda não conseguiu se recuperar do baque psicológico de ter perdido um grande jogo em que tinha alguma possibilidade de vitória? Será que o brasileiro não foi capaz de lidar com a pressão para manter um nível exibicional absurdo? Ou, será, ainda, que Bellucci confiou demais no excelente nível de tênis jogado naquela semana e acabou relaxando? Provavelmente a resposta para todas as indagações é negativa. Inegável, por outro lado, é o fato de que, atualmente, o brasileiro encontra-se em maus bocados.


Neste momento de “crise”, se é que podemos dizer assim, é fundamental que o tenista, junto a sua comissão, analise os fatores preponderantes a serem ajustados em seu jogo. Não quero dizer com isso que acredito no potencial do brasileiro para atingir e se manter no top 20. Todavia, em seus melhores momentos, Bellucci deu mostras de que é capaz de se sustentar entre os 30 melhores tenistas do mundo.

Como acompanhante da carreira de Thomaz Bellucci há alguns anos acredito ter alguma legitimidade – ainda que pequena – para delinear os pontos de seu jogo que necessitam ser ajustados com maior urgência. O primeiro deles e mais grave, sem dúvida nenhuma, é o aspecto psicológico. Há uma vasta quantidade de jogos, sobretudo, contra adversários inferiores em que o mental deixa Bellucci na mão. Completamente sem reação. O mental do brasileiro é de uma peculiaridade tamanha que fora criado no twitter o perfil “BelluccisBrains”. Dono de uma comicidade de dar inveja, o twitter em questão “lida” de forma bem humorada com o psicológico do brasileiro.

Outro ponto passível de bastantes críticas refere-se a sua devolução de serviço, principalmente quando se trata de devolver o segundo saque do adversário. Não pretendo, aqui, realizar uma minuciosa análise estatística a fim de comprovar essa carência no jogo do brasileiro. Por outro lado, acredito que todos aqueles que acompanham razoavelmente os jogos do brasileiro sabem de suas deficiências na devolução. Ah se ele pudesse ter umas aulinhas com o Djokovic... Sonho demais! Mas uns treininhos de devolução com David Nalbandian ali na Argentina não cairiam nada mal, hein?!

Pretendo tentar demonstrar, ainda, “falhas” na elaboração do calendário de torneios de Bellucci em 2011. Logo após o Master 1000 de Miami, em que foi derrotado na primeira rodada por James Blake, Bellucci poderia ter jogado um dos ATPs da semana seguinte: Casablanca, no Marrocos, ou Houston, nos Estados Unidos – ambos disputados no saibro. Frise-se, ainda, que Houston e Casablanca foram vencidos por Sweeting e Andujar, respectivamente, jogadores totalmente vencíveis.

Após ser derrotado logo na primeira rodada do Master 1000 de Roma pelo italiano Paolo Lorenzi, acredito que o brasileiro poderia jogar, na semana seguinte, o mediano ATP 250 de Nice, na França. Neste caso, ainda entendo relutantemente a recusa de Bellucci, visto que Roland Garros aconteceria na semana subseqüente.

Algumas meses depois, já passada a nefasta gira européia de grama, Bellucci jogou no dia 08/07/2011 contra Martin Cuevas, pelo duelo entre Brasil e Uruguai na Davis. Entendo e louvo, inclusive, o fato do brasileiro, após a precoce eliminação em Wimbledon, ter focado os treinos para esta competição. Todavia, não consigo compreender de maneira alguma como o brasileiro deixou de jogar o ATP 250 de Bastad, Suécia, ou de Stuttgart, Alemanha – disputados no saibro. Inexplicável, também, foi a opção do brasileiro por não jogar o ATP 500 de Hamburgo, disputado no saibro. Passadas duas semanas sem atuar, Bellucci voltou a jogar em Los Angeles, ATP 250 disputado nas rápidas americanas. Por que não optou por um dos ATPs 250 – Gstaad (Suíça) e Umag (Croácia) – jogados no saibro?  Não encontro respostas plausíveis.

Posteriormente a inacreditável eliminação do brasileiro do US Open, onde perdeu de virada para o israelense Dudi Sela, e o confronto entre Brasil e Rússia pelos playoffs do grupo mundial da Copa Davis iniciado no dia 16/09, Bellucci só voltou a jogar no dia 3/10 pelo ATP 500 de Pequim. Não seria possível disputar o ATP 250 de Bangkok ou o ATP 250 de Kuala Lumpur com inicio no dia 26/09? No meu ponto de vista, o brasileiro deveria dar ênfase nas rápidas aos torneios mais enfraquecidos, como os em questão.



Em síntese, quero dizer que Bellucci erroneamente organizou um calendário digno de um top 10, incompatível com seu nível de tênis. Diante dessa constatação, entendo que o brasileiro deveria priorizar os torneios jogados no saibro, indubitavelmente o piso em que obtém melhores resultados. Torneios nas rápidas e na grama deveriam ser a última hipótese do brasileiro. Nestes casos, caberia a ele promover uma escolha criteriosa, priorizando os torneios mais enfraquecidos.

Sob a visão otimista que carrego, considero que a queda de Bellucci no ranking pode até fazer bem. A tendência cada vez mais evidente do brasileiro despencar ainda mais no ranking, dado que dificilmente defenderá a semifinal do Máster 1000 de Madrid, pode servir como um bom “tapa na cara” do brasileiro. Quem sabe ele não acorda e volta a trilhar seu caminho de volta ao top 30...  Esse posto pode ser plenamente ocupado pelo brasileiro, que já demonstrou ter talento e jogo para tanto. Não se manteve por lá principalmente devido aos aspectos mental e físico que, muitas vezes, deixaram-no na mão.

Escrito por Henrique Monteiro (@RiqueMonteiroS) com participação de Marcelo Chaar (@m_chaar), os idealizadores do blog.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Richard Gasquet


Richard Gasquet (Gasquet, Richie, brincalhão) , quando se ouve falar desse tenista, a primeira coisa que vem a cabeça é sobre o seu belo e eficiente backhand. Uma das outras é sobre seu mental e físico, que sempre os deixam na mão.


Gasquet é aquele tenista que tem o que todo tenista precisa: talento, saque bom e regular, direita aceitável, backhand sensacional, bom jogo de rede, mas que nao sabe como ganhar os jogos importantes.

O que fazer pra ganhar um jogo de tênis difícil? Pra mim, um tenista que quer ganhar não precisa  jogar o seu melhor jogo a partida toda e sim seguir um plano tático, manter uma regularidade durante a partida e na conhecida “hora da onça beber água” elevar seu nível de jogo, como fazem jogadores como Nadal, Federer, Djokovic...

Isso é o que separa Nadal, Djokovic, Federer e Cia de jogadores como Gasquet, que tem mais talento que muito top 10, mas não consegue converter seu talento em vitorias nos jogos importantes e difíceis, o que o torna como o “jogador dos 90 pontos”, aquele jogador que nos 250 e 500 cai nas quartas/semi, nunca conseguindo chegar ao titulo, devido ao fato de na hora de chegar pra ganhar, jogar um 4x4/5x4/5x5/6x5, ter sua chance e não saber como fechar uma partida ou set. 

A conclusão que eu chego é que o Gasquet nunca vai conseguir ser o top player que ele prometia ser (desde os 9 anos gasquet é destaque nas revistas francesas) enquanto não conseguir ganhar jogos como o que ele perdeu pro DelPo em Marseille, onde teve set point nos dois sets que perdeu e não soube como fechar. Enquanto isso continuar, Richard Gasquet continuara sendo o jogador que vai ganhar 2 jogos na semana e parando em um jogador do mesmo nivel ou acima, por não saber como fechar uma partida e não converter suas inúmeras chances de progredir, sendo eternamente o “tenista que folga no fim de semana” 


Por Marcelo Chaar (@m_chaar)

Um dia inesquecível



Domingo inesquecível. Wembley ficou vermelho a base de muito sofrimento! O jogo começou com o Liverpool indo pra cima do Cardiff. Já no início do confronto, Glen Johnson soltou um petardo de fora da área que foi parar no travessão do goleiro Heaton. Parecia que seria fácil... Doce ilusão! Os Reds continuavam pressionando, mas esbarravam na falta de criatividade para criar as oportunidades de gol.



Nem o mais pessimista torcedor do Liverpool poderia imaginar que, aos 19 minutos da primeira etapa, o Cardiff abriria vantagem no marcador. E foi o que aconteceu. Em uma bela trama ofensiva do ataque da equipe galesa, Kenny Miller deixou Mason na cara do gol, que concluiu com frieza na saída do goleiro Pepe Reina. Bateu aquele desespero! Certamente, o seguinte pensamento pairou na mente de muitos torcedores do Liverpool: “Não é possível, será o sofrimento habitual contra os times pequenos. Martelamos, atacamos, pressionamos e nada da bola entrar, nada do gol!

Muita transpiração e pouquíssima inspiração sintetizam o que foi o primeiro tempo vermelho. Os primeiros 45 minutos terminaram com vantagem para a equipe galesa, que se entrincheirou com maestria na defesa, com destaque para as atuações de Turner e McNaughton. Os torcedores do Liverpool sabiam que Kenny Dalglish teria que alterar o rumo do jogo, os Reds pouco ameaçavam a baliza do Cardiff City.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro. Os jogadores do Liverpool corriam, tentavam, suavam, mas faltava criatividade. A angústia tomava conta de cada torcedor vermelho. À medida que o tempo passava o sofrimento aumentava, era preciso que cada jogador deixasse a alma em campo naquela tarde em Wembley.

Eis que a recompensa por tanta luta veio. De tanto insistir nas bolas alçadas pela área, o Liverpool conseguiu o empate. No escanteio batido na esquerda, o contestado Andy Caroll escorou de cabeça e ainda contou com o desvio também de cabeça de Luis Suarez. Era mesmo para ser sofrido! A bola desviada pelo uruguaio na risca da pequena área tocou caprichosamente na trave. A sorte foi que o rebote caiu nos pés do zagueirão Skrtel que, com a categoria de um centro-avante, empatou o jogo. Alívio para a massa vermelha. A marca registrada da torcida dos Reds – “You’ll never walk alone” – ecoava em Wembley.



Kenny Dalglish foi decisivo ao sacar Henderson, completamente improdutivo, e promover a entrada de Craig Bellamy, logo nos primeiros minutos da segunda etapa. A entrada de Bellamy, um dos destaques do Liverpool na temporada, deu mais movimentação ao time. O galês serviu, ao lado de Suarez, como mais uma peça para incomodar e atormentar a segura zaga do Cardiff. Mesmo após o gol de Skrtel, os Reds continuavam melhor em campo, pressionando incessantemente a retaguarda da equipe galesa. Sem resultado. O jogo terminou mesmo 1x1, a decisão ficaria para a prorrogação.



A tensão neste momento era flagrante. O torcedor do Liverpool temia pelo pior. Aquela era a oportunidade dos sonhos para acabar de vez com o jejum de títulos que já perdurava 6 anos. O gigante adormecido de Liverpool tinha que acordar!

No inicio da prorrogação, após um escanteio cobrado por Downing, Suarez cabeceou e, depois de já ter vencido o goleiro Heaton, o zagueiro Turner salvou a bola em cima da linha. Frustração do uruguaio e de todos os torcedores que já comemoravam. A partir daí, o jogo caiu bastante de rendimento, totalmente compreensível devido ao desgaste físico e emocional dos jogadores.

Tudo mudou quando Kenny Dalglish optou por substituir o apagado Caroll por Kuyt, o talismã da torcida. Kuyt entrou no gramado com a raça que lhe é habitual. Acreditou em todas as jogadas e jamais deixou de lutar para recuperar a posse de bola. O melhor do talismã holandês ainda estava por vir! Kuyt, em um raro deslize da defesa do Cardiff, aproveitou o rebote do seu próprio arremate para fuzilar inapelavelmente a meta do goleiro Heaton. Virada do Liverpool. Êxtase total! O som de “We are the Champion” já eclodia na cabeça de cada fanático pelo Liverpool ao redor do mundo. No entanto, faltava ainda cerca de 15 minutos para acabar o jogo. Uma eternidade para os ingleses e um piscar de olhos para os galeses.



No jogo do improvável, o inimaginável novamente mostrou a cara. O excelente zagueiro Turner, do Cardiff, empatou o jogo em uma cobrança de escanteio faltando apenas dois minutos para o término da prorrogação. Comemoração efusiva da torcida galesa. Pareceu até ter sido o gol do título de uma final de Copa do Mundo.  Não deu outra, tudo seria decidido nas penalidades.


Nos penâltis, Steven Gerrard, o primeiro a cobrar, não converteu sua cobrança em virtude da excelente defesa do goleiro Heaton. Para a sorte da torcida vermelha, o experiente Kenny Miller carimbou a trave de Pepe Reina. Charlie Adam isolou sua cobrança, num chute bisonho, que mais pareceu um field goal. Na cobrança seguinte, Cowie acertou o ângulo de Pepe Reina, abrindo o placar na disputa, Cardiff 1x0. Desespero total, a possibilidade do vice campeonato dava calafrios na torcida do Liverpool. Dirk Kuyt, o terceiro a cobrar pelo Liverpool, tinha obrigação de acertar para igualar a série. Dito e feito, o talismã igualou a disputa. Na cobrança seguinte, o francês Gestede acertou a trave, mantendo tudo igual.

Faltavam ainda duas cobranças para cada equipe. O contestado na temporada, porem "man of the match" Stewart Downing converteu a sua penalidade e deixou o Liverpool em vantagem, 2x1. Whittingham também balançou as redes para os galeses, deixando tudo igual. Momento de definição: Glen Johnson e Anthony Gerrard, primo do craque do Liverpool, eram os responsáveis pelas cobranças decisivas. Glen Johnson deu um susto em muita gente, que viu a bola nas arquibancadas, mas, ela entrou. Gol dos Reds, 3x2! Tudo estava nos pés de Anthony Gerrard. Cabia ao desconhecido Gerrard empatar a série, mas, para a sorte do torcedor dos Reds, ele falhou. Título da Carling Cup sacramentado para o Liverpool! Delírio total! Terminava aqui o jejum de 6 anos sem título!



Agora, muitos falam: “Todo esse alarde e comemoração só por uma Carling Cup?”. Não. Toda essa comemoração é pelo ressurgimento dos Reds, que voltou a conquistar um títulos após passar 6 anos com as mãos abanando. O torcedor comemora o ressurgimento e a reafirmação dos Reds no cenário inglês. Com o titulo, Kenny Dalglish e seus comandados têm tudo pra embalar e lutar com unhas e dentes pela tão sonhada vaga para a Champions League da próxima temporada.


YOU’LL NEVER WALK ALONE. GO REDS!