Assumidamente, não sou fã do estilo de jogo dos
grandalhões como Isner, Raonic, Querrey ou Anderson. Contudo, não
posso deixar de destacar o que vem jogando John Isner. No Master 1000 de Indian
Wells, o grandalhão americano fez uma campanha excepecional, sagrando-se
vice-campeão. Isner assombrou o mundo do tênis ao derrotar Djokovic na
semifinal, mas não conseguiu fazer frente à técnica refinada de Roger Federer
na final. O americano chegou, ainda, a final de duplas com seu fiel escudeiro
Querrey, mas também foi derrotado, desta vez, pelos espanhóis Marc Lopez e
Rafael Nadal.
Observei nas redes sociais que grande parte dos fãs de
tênis não está muito satisfeita com a chegada de Isner ao top 10. Apesar de não
ser fã confesso do estilo de jogo do americano, devo discordar. Leitor, qual
jogador do top 10 é capaz de tirar dois sets de Nadal em Roland Garros ,
vencer Djokovic nas quadras rápidas e Federer no saibro? Não vejo como
desmerecer o ingresso ao top 10 de um tenista que conseguiu tamanha “proeza
tenística”. Outro dado curioso, trazido pelo excelente Ben Rothenberg no
twitter, diz respeito à invencibilidade do americano em tie breakes contra
números um do mundo. Dos cinco jogados, o americano venceu todos. Claro, sei
que esse dado não diz muita coisa, mas, não deixa de demonstrar a força mental
do grandalhão, bem como sua virtude de acreditar sempre na vitória. Trago,
ainda, outro dado interessante trazido por Rothenberg, qual seja: Um norte
americano não vencia um número um do mundo desde a vitória de Blake sobre
Federer, em 2008. Mais um dado para agigantar a vitória do já gigante Isner
sobre Djokovic.
Os leitores que demonstram toda a insatisfação com a
chegada de Isner ao top 10, possivelmente vão ter que agüentá-lo por algum
tempo. Na gira de saibro que se avizinha o americano defende pouquíssimos
pontos. No Master 1000 de Madrid, Isner defende uma tacanha segunda rodada. Já
no Master 1000 de Roma e em
Roland Garros , defende apenas a primeira rodada. Situação
extremamente tranqüila, não?
Finalizo com a célebre frase de Zagallo que poderia ser dita por Isner
aos seus “haters”: “Vocês vão ter que me agüentar!”
Ainda prefiro o Delpo, Tipsarevic e até o Simon no top 10.
ResponderExcluirQue saudades do Nalbandian!!!!
Sempre penso nesta "revolta" qdo algum tenista indesejado chega ao top 10. E fico na dúvida se realmente a insatisfação é pela (não) qualidade do novo top, ou se decorre da frustração q causou outro tenista, provavelmente de estilo diferente, que não conseguiu alcançar o seleto grupo. Ser top é mérito, ainda mais no nível de competitividade atual, onde se exige não apenas evolução técnica, mas contundente preparação física e mental. Isner evoluiu muito, sobretudo no jogo de fundo de quadra, e chegou ao top 10 merecidamente. Se conseguirá atingir outro nível - a manutenção razoável no top 10 - só o tempo dirá.
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